quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Leopardo em Porto de Mós

Estamos no período de há 40.000 a talvez 20.000 anos antes do presente. Toda a Europa começa a estar sob um manto de gelo. Toda? Não. Uma península a oeste resiste ao frio e torna-se um reservátorio de espécies da savana já extintas no resto do continente.
Réplica do arraque dos livros de Astérix, este sumário descreve o contexto dos últimos achados paleontológicos em Portugal e Espanha de restos ósseos de hienas, elefantes-antigos e leopardos em estratos correspondentes à datação de 40 a 20 mil antes do presente. O algar da Manga Larga, em Porto de Mós, foi o palco da ultima descoberta. João Luis Cardoso, da Universidade Aberta, e Frederico, da Associação de Estudos Subterrâneos e Defesa do Ambiente, identificaram e descreveram nesta cavidade o crâneo de um leopardo adulto. «Trata-se de mais um indícios de que, nesta península, continuou a existir um clima propício à sobrevivencia de espécies que desapareceram para lá dos Pirenéus com a chegada do frio», diz João L.Cardoso. Por impossibilidade de obter colagénio, o crânio não foi datado directamente, mas sim por comparação com a cronologia de outros restos conheciemento.

Notícia da Nacional Geographic (Novembro 2011)



Fotografia: Luis Quinta. Cortesia: Museu Geológico do Lneg


Achamos interessante dar a conhecer esta notícia, pois podemos concluir que ao longo do tempo, por processos lentos e graduais, ocorreram modificações drásticas no nosso Planeta. Neste caso específico, diz-nos que no passado a temperatura foi propícia para a existência de espécies, como o leopardo encontrado, o que seria impossível nos nossos dias devido as temperaturas mais baixas.


1 comentário:

  1. Em Portugal a geologia ainda não é tão valorizada como em muitos dos países mais desenvolvidos, mas a opinião da população está a evoluir, através das novas descobertas, não só portuguesas. São notícias como estas que implementam novas maneiras de pensar no país. Continuem o bom trabalho, parabéns

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